Aos
meus
olhos,
seu
sorriso,
calado
e conservado,
no vazio do seu
silencio
Na
minha
boca,
a
sua
língua
e
o seu
vicio
de
lingua-
gem
Na
minha
cama,
sua
alma
cigana,
a
velar
pelo
meu
sono
No
meu
coração,
Tu
que
velejas,
Desbravando o mar
Entre os icebergs
da
realidade
De mar em mar,
Tuas mãos a conduzir-me,
Sem prazo, sem rumo, sem vela...
Na praia,
navegante solitário,
ancorado em meus sonhos curvilíneos
Entre a saudade
e a
lembrança,
velejo
Jair Fraga V. Neto