quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AXILLS - Vencedor na categoria COMPOSITOR



CINCO SENTIDOS (AR, ER, IR, OR. UR)


Fiz de tudo para não te tocar
Eu tentei me trancar
Tentei me acautelar
Não consegui me parar
Pus as mãos no meu bolso
Mas o forro de seda me fez reparar
Que tudo que existe de lindo
O findo e o infindo do amor mais profundo
Encontra-se na tua pele

Fiz de tudo pra nem um dos meus olhos te ver
Eu tentei me deter
Tentei me conter
Não pude me obedecer
Pus os olhos no céu
Mas não é que o céu que me fez perceber
Que tudo que existe de lindo
O findo e o infindo do amor mais profundo
Encontra-se nos teus olhos

Fiz de tudo para não te ouvir
Eu tentei me induzir
Tentei reagir e me arrumei pra partir
Pus algodão nos ouvidos
Mas não é que o algodão que me fez refletir
Que tudo que existe de lindo
O findo e o infindo do amor mais profundo
Encontra-se na tua voz

Fiz de tudo pra nem supor teu sabor
Eu tentei não me expor
Tentei me recompor, simples favor
Pus um doce na boca
Mas não é que o doce que me fez supor
Que tudo que existe de lindo
O findo e o infindo do amor mais profundo
Encontra-se no gosto da tua boca

Fiz de tudo, mas com nariz não há tchur
Eu tentei com humour
Mas a rainha gur veio com seu glamour
Pôs meu olfato de escravo
Mas eu sendo escravo decifrei o calembur
Que tudo que existe de lindo
O findo e o infindo do amor mais profundo
Encontra-se no teu cheiro

Poema inesperado

(Gilcimara Frazão)
Ganhadora do concurso ´´COMPOSITORES E POETAS´´ DA COMUNIDADE DO MESMO NOME DA REDE DE RELACIONAMENTOS ORKUT.

Por incrível que pareça
Não eu não sei falar de amor
Nem sequer de natureza
Nem do mundo em que eu estou!

E por incrível que pareça
Ontem ouvi uma canção
Que falava sobre o amor
Sobre céu e natureza

E o incrível disso tudo
É que hoje essa canção
Saiu alto e lá do fundo
Desse estranho coração

Logo eu que nunca ouvia
Nesses meus corridos dias
Nenhuma canção de amor
Nunca lia poesias,
Nem esquecia a dor.


Assustado fiquei mudo
Mas dentro de mim gritava
Uma voz de moribundo
Que enfim se libertava
De todo tipo de dor.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Navegante Solitário

Aos
meus
olhos,
seu
sorriso,

calado
e conservado,
no vazio do seu
silencio

Na
minha
boca,

a
sua
língua

e
o seu
vicio
de
lingua-
gem

Na
minha
cama,

sua
alma
cigana,

a
velar
pelo
meu
sono

No
meu
coração,

Tu
que
velejas,

Desbravando o mar
Entre os icebergs
da
realidade

De mar em mar,
Tuas mãos a conduzir-me,
Sem prazo, sem rumo, sem vela...

Na praia,
navegante solitário,
ancorado em meus sonhos curvilíneos

Entre a saudade
e a
lembrança,
velejo

Jair Fraga V. Neto

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O grito de uma criança


Olhinhos abandonados....

geram o soluço,
retratam um discurso,
incontrolável grito
termômetro quebrado
ossos congelados

dodói?
espere o remédinho

universo mudo
mendingos lhe fazem carinho
alimentam com farelos de pão e amor

Cordas vocais afinadas
repentinos gritos ecoam o mundo
ira?IRA!!
anda descalça
não tem família
çççççç!silêncio
Aninha adormeceu

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Noite de cetim

A noite desperta
De sua solidão
Renascendo do ventre
De tudo que é belo

E um mar de estrelas
Arpeja sobre nós
Sussurrando segredos
Do meu amor de Otelo

O tempo
Então se curva
Como se desse ardor
Fosse ele o servo

E de dois
Viramos um
Num prazer
Que não tem mais fim

Nessa noite de cetim

Rogério Carvalho
11 / 11 / 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

SOLDADOS

SOLDADOS

Braços fortes empunhando metais
Solos irrigados com seu próprio sangue
Fazendo da vida um acaso
Onde as sentenças se expandem

Movidos pela teimosia
De levar o que quer na mão grande
Os soldados que ali conseguira
Não pouparam suas vidas a um louco

Um coração mutilado no peito
Abatedouro impiedoso das almas
Com um ofício qualquer não à vida
Assunto que nos castiga

O manto que diz ser sagrado
Não tem protegido os meus dias
É o lucro das guerras assinadas
O torpor dos espíritos em batalhas.

André Folly – 14.11. 2008

sábado, 7 de novembro de 2009

Versos Molhados

Desejei por um momen-
to estar cho-
ven-
do
.
. . .
. . . .

Assim,
seria eu,
"sujeito a
chuvas e
trovoadas"
. . . . .
Mas,
não
estava.
.
.
.
Era
se-
tem-
bro.
.
Calor
que só,
cabeça quente,
olhos agudos,
suor escorrendo.
. . . . . . . . .
. . . .
. .
.
Eu
não pude
me controlar
Você estava bela
Vagava daqui,
vagava de lá
E eu ali,
só a
obser-
var.
.
Foi culpa do tempo,
Ele estava propício
Que por um momento
Evaporei e quando percebi
Já era nuvem…
. . . . .
.
Eu bem queria
estar chovendo,
Assim,
escorreria
como
água
em
seu
cor-
po,
. . .
.
.

F
.
L
.
U
.
I
.
N
.
D
.
O
.
Em
cada veia
. . .
Adubando corações
Abandonados .
.
.
.

Eu
se-
ria


a
água
ne-
ces-
sária
a sua
semente,
e as gotas
que caissem
de minha nuvem,
atingiriam não só os
lençóis freáticos,
como também
permeariam
a su' alma
...
.
.
Fariam
brotar
em sua virilha
Um desejo
indecente
.
..
.. de..
…evaporar...
Junto de mim,
e por um momento
ser nuvem,
.
.
Mas,
como eu já era “nimbus”
Perdi-me de mim e em ti desagüei
"
V
.
E
.
R
.

S
.
O
.
S
-
Molhados "
JAIR FRAGA VIEIRA NETO