sábado, 21 de novembro de 2009

SOLDADOS

SOLDADOS

Braços fortes empunhando metais
Solos irrigados com seu próprio sangue
Fazendo da vida um acaso
Onde as sentenças se expandem

Movidos pela teimosia
De levar o que quer na mão grande
Os soldados que ali conseguira
Não pouparam suas vidas a um louco

Um coração mutilado no peito
Abatedouro impiedoso das almas
Com um ofício qualquer não à vida
Assunto que nos castiga

O manto que diz ser sagrado
Não tem protegido os meus dias
É o lucro das guerras assinadas
O torpor dos espíritos em batalhas.

André Folly – 14.11. 2008

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