quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Navegante Solitário

Aos
meus
olhos,
seu
sorriso,

calado
e conservado,
no vazio do seu
silencio

Na
minha
boca,

a
sua
língua

e
o seu
vicio
de
lingua-
gem

Na
minha
cama,

sua
alma
cigana,

a
velar
pelo
meu
sono

No
meu
coração,

Tu
que
velejas,

Desbravando o mar
Entre os icebergs
da
realidade

De mar em mar,
Tuas mãos a conduzir-me,
Sem prazo, sem rumo, sem vela...

Na praia,
navegante solitário,
ancorado em meus sonhos curvilíneos

Entre a saudade
e a
lembrança,
velejo

Jair Fraga V. Neto